quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Noticia da AGENCIA LUSA

Segurança Privada
Empresa Esegur e ex-funcionários em litígio por causa de práticas internas Lisboa, 22 Out (Lusa) - Ex-funcionários da Esegur acusam a empresa de segurança de não dar formação adequada, de os coagir a realizar testes de polígrafo e de os despedir por alegados furtos que não cometeram, acusações que a empresa rejeita.
Líbano Ferreira, que trabalhou na empresa durante seis anos antes de ser despedido por uma alegada "quebra de segurança", faz parte de um grupo de dez funcionários despedidos do sector de transporte de valores e disse à agência Lusa que as práticas "erradas" da Esegur começam na fase da formação.
Homens que vão lidar diariamente com milhares de euros e que estão sujeitos a assaltos violentos recebem "meia hora" de formação, garantiu.Em declarações à Lusa, a directora-adjunta de Recursos Humanos da empresa, Ana Augusto, afirmou que tal "não corresponde à verdade", uma vez que a formação que a empresa está obrigada a dar está "estipulada em portaria do Ministério da Administração Interna"."Qualquer pessoa que entre tem essa formação inicial de cem horas.
No transporte de valores, damos formação de segurança defensiva e sobre o regulamento de segurança operativo", disse, acrescentando que tal formação cobre tudo o que é preciso saber, desde como estacionar o veículo a como lidar com tentativas de assalto.Líbano Ferreira contrapõe que a formação "só fala das normas internas, como não fumar durante o trabalho, só levar um saco de cada vez, a formação de condução, por exemplo, é dada numa sala de aulas e consiste principalmente em aprender a preencher a declaração amigável"."Em seis anos, tive quatro assaltos violentos. Tive um tiro a passar-me a um palmo da cara. Essa é que foi a formação que eu tive, no dia-a-dia", frisa quem trabalhou seis anos na Esegur.
A maior parte dos funcionários do grupo em que se inclui Líbano Ferreira, e que está em litígio com a empresa, foi despedida por acusações de furto, que todos contestam.Todos referiram à Lusa que é prática comum a empresa utilizar testes de polígrafo quando se verifica que falta dinheiro nas entregas de dinheiro em caixas Multibanco, testes que os funcionários dizem ser "coagidos" a realizar, nomeadamente através da presença de responsáveis da empresa "armados"."Não há nem nunca houve qualquer coacção. É mentira. O teste [de polígrafo] é aplicado por psicólogos de recursos humanos. Há obviamente pessoas da Esegur que têm licença de uso e porte de arma, mas não dentro da empresa", garantiu Ana Augusto.A responsável reconheceu que os testes de polígrafo são, juntamente com outros "testes de personalidade", empregues nos procedimentos disciplinares da empresa, mas mais com um objectivo "dissuasor" e sempre com consentimento da pessoa."Nunca algum colaborador teve um processo disciplinar porque o polígrafo diz que não está a falar verdade", assegurou.Líbano Ferreira referiu, no entanto, que "todos os que se recusaram a sujeitar-se ao polígrafo foram afastados das funções que faziam" e, acusados de furto, sujeitos a um ultimato: "Ou pagar o que estava em falta descontando todos os meses no ordenado ou ser alvo de uma queixa-crime."Os funcionários exigem agora uma indemnização por danos morais e que o seu nome seja "limpo".
Ana Augusto assegurou que nunca nenhum trabalhador recebeu um "ultimato" do género e que quando a empresa desconta dinheiro do salário é a pedido do próprio funcionário, que reconhece ter cometido uma falha.

APN.Lusa/fim

1 comentário:

  1. Esta é a verdadeira empresa Esegur,eu também fui funcionário da referida empresa durante alguns anos e posso afirmar que 99% dos funcionários vivem num clima de terror proporcionado por chefias e responsáveis do departamento de segurança incompetentes e ignorantes.

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